UE deve investir €2,9 trilhões e estimular cooperação entre Estados membros para alcançar metas de 2020
02/02/2011 - Autor: Jéssica Lipisnki - Fonte: Business Green/Comissão Européia
Estudos da Accenture e Barclays Capital e da Comissão Européia indicam que governos devem criar políticas para estimular investimentos em energias renováveis
Países e empresas da União Europeia terão que gastar €2,9 trilhões na próxima década se quiserem atingir as metas de redução de emissão de carbono e de produção de energias renováveis para 2020.
Países e empresas da União Europeia terão que gastar €2,9 trilhões na próxima década se quiserem atingir as metas de redução de emissão de carbono e de produção de energias renováveis para 2020.
Esta é a conclusão da pesquisa realizada pela empresa Accendure e pelo banco Barclays Capital lançada nesta quarta-feira (2), que leva em consideração as metas firmadas pela União Europeia de reduzir 20% das emissões de carbono até 2020, em relação aos níveis emitidos em 1990.
O estudo adverte que, dado o estado atual das finanças públicas, €2,2 trilhões da quantia total deverão ser fornecidos pelos bancos para desenvolver infraestruturas de baixa emissão de carbono.
No entanto, devido à situação da crise financeira, os bancos têm relutado em financiar projetos para redução de emissões, pois são vistos como negócios de alto risco por alguns investidores
Já o relatório apresentado na segunda-feira (31) pela Comissão Européia afirma que as metas de políticas de energia renovável podem ser alcançadas e ultrapassadas se os Estados Membros implementarem integralmente seus planos de ação nacional de energias renováveis e se os meios de financiamento forem aperfeiçoados.
Apesar disso, outras informações indicam que em 2010, as metas que os Estados Membros determinaram para si próprios para eletricidade e transporte não foram alcançadas.
O documento da Comissão Europeia também enfatiza que os Estados Membros devem assegurar o dobro de capital anual investidos em energia renovável, de €35 bilhões para €70 bilhões.
Günther Oettinger, membro da Comissão de Energia, afirmou que é necessário investir mais em energias renováveis e que são necessários financiamentos planejados e com alto custo-benefício. “Se os Estados Membros trabalharem juntos e produzirem energia renovável onde ela custa menos, empresas, consumidores e quem paga impostos serão beneficiados com isso”.
Ambos os documentos apontam mecanismos para que seja possível alcançar a meta.
De acordo com a pesquisa da Accendure e do Barclays Capital, os governos devem assumir três passos para garantir que o capital para este setor cresça: introduzir incentivos fiscais e reduzir o risco de investimentos em tecnologias verdes; estabelecer padrões para investimentos em tecnologias verdes que sejam beneficiadas por incentivos públicos; estabelecer regras para títulos e ações verdes para acelerar o mercado.
O relatório da Comissão Europeia aposta na importância da cooperação entre os Estados Membros. A convergência dos planos de auxílio e os mercados integrados devem ser reforçados para garantir que energias renováveis e tecnologias sejam economicamente competitivas o mais cedo possível. A análise da Comissão sugere que mais de 10 bilhões de euros poderiam ser economizados anualmente com uma aproximação mais integrada. Em 2014, a Comissão irá avaliar o funcionamento efetivo dos mecanismos de cooperação.
Os estudos não levam em consideração projetos nucleares, mas advertem que esta tecnologia será necessária em longo prazo para garantir que a Europa atinja a meta de 80% na redução de emissões em 2050, e investimentos adicionais serão necessários para desenvolver tecnologias nesse setor.
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