terça-feira, 7 de setembro de 2010

SER VEGETARIANO OU VEGANO: EIS A QUESTÃO?

           Primeiramente quero esclarecer bem as coisas. O VEGETARIANISMO é o hábito da alimentação baseada em vegetais com exlusão total de carne, mas que aceita a ingestão de derivados de produtos animais, como ovos, leite, manteiga, iogurte...assim teríamos uma dieta classificada em ovolactovegetariana. Já o VEGANISMO, além da dieta eliminar totalmente qualquer produto de origem ou experimentação animal, também repercute diretamente nos hábitos comportamentais cotidianos, como as opções de: vestuário ( elimina-se o uso do couro e das peles, por exemplo ) , produtos de higiene pessoal, cosméticos, medicamentos, etc. Aliás existem produtos já rotulados ( selo VEGAN )para facilitar a sua identificação pelos consumidores. Mas porque ser vegetarian@ ou vegan@? Que implicações isso traz para a minha vida e para os demais entes que compartilham o mesmo planeta TERRA?
         Desde crianças fomos acostumados a ter que comer carne porque fazia-nos crescer e ficarmos fortes! Mas se formos, pensar e criticar esse padrão de senso comum veremos que todos os ruminantes são animais fortes e que eles não ingerem carne! Porque quando adultos temos que continuar a ingerir leite? Aí vem a velha resposta tirana, é por causa da fonte de cálcio. Mas o mesmo poderá ser obtido de várias fontes com  a ingestão de vegetais de folhas mais escuras, como a couve por exemplo e também através dos cereais. Vemos então, que no fundo é tudo uma questão de mercado e de costume, onde o capital manipula nosso modo de viver. Há séculos a humanidade cria gado e o mercado da nutrição humana investe pesadamente nos mais diversos produtos de origem animal sob os apelos da mídia. Quem ganha e quem perde com isso? Nós humanos e eles animais! Nós, porque perdemos em qualidade de vida, através dos problemas de saúde provocados pelo colesterol, diversos tipos de cânceres, como, o de intestino, principalmente ( fato inclusive comprovado cientificamente pela ação das toxinas da carne ingerida ). Aliás; o índice de câncer tem aumentado, principalmente nos lugares onde o hábito da carne prevalesce, o famoso e desastroso "churrasco". Perdem os animais que passam o curto tempo de vida em sofrimento, dor, angústia, privação de liberdade, de espaço, de saúde e a morte que vem por vezes como um bênção.
         Todos querem viver, é sabido que nos abatedouros os animais pressentem a sua própria morte e se rebatem, ora são seres sencientes, foi-se o tempo, mas infelizmente muitas pessoas ainda pensam que os animais; são como "máquinas". Ora a máquina tem medo, tem fome, sede, ou demonstra afeto pelo seu dono, pelos seus filhotes e até adota filhotes de outras espécies, aliás existem casos que um determinado animal salvou seu dono. Provas é que não nos faltam!

NÃO MATARÁS E NÃO TORTURARÁS

Os vídeos abaixo mostram cenas fortes, mas que representam ainda a realidade  em muitos laboratórios de universidades ou de grandes empresas que se utilizam de ensaios com animais. Os praticantes de tais ensaios, monstram-se desprovidos de sentimentos, pelo menos aparentemente, mas utilizam tais técnicas através da justificação pragmática da ciência. Muitos daqueles testes poderiam ter sido evitados. Hoje existem várias alternativas, muitas das quais representam uma qualidade melhor de aprendizado, por despertar o sentido crítico nos alunos aliado a valores, como a ética e o respeito pela vida. Afinal de contas, que tipo de profissionais estão sendo formados  nas universidades? Todo os anos se formam milhares de médicos, enfermeiros, biólogos e médicos veterinários, inclusive psicólogos; que passaram pelas aulas práticas de laboratório utilizando algum tipo de experimentação animal. E assim dezenas de alunos obedecem cegamente as instruções do seu professor e este reproduz o mesmo experimento a décadas de ensino ( muitas das vezes, até a aposentadoria ), sem questionar a sua prática e a sua real validade no século XXI, com o seu aparato de informação.
Fica a pergunda: o que é realmente aferido nas aulas práticas? a indiferença a dor do modelo animal ( cobaias, coelhos e até cães em algumas situações ) ou o dito "conhecimento" fragmentado ( anatomia, fisiologia, bioquímica...) de valores? Com certeza muitas coisas precisam serem mudadas na relação aprendizagem e utilidade, porque existe um sujeito - seja aluno, pesquisador, professor ou técnico- que é capaz de fazer as suas escolhas. Porque para estudarmos a vida precisamos destruí-la? O que de fato estamos procurando quanto profissionais, apenas mercantilização do conhecimento ou uma prática solidária para com o próximo? São indagações filosóficas que se afastam do antropocentrismo, mas que precisam serem feitas, pois a OBJEÇÃO DE CONCIÊNCIA é uma caminho legal para não participar de um modelo de ensino baseado na vivisseção ou na experimentação. Aliás; muitas instituições já aboliram essas práticas de ensino, utilizando outros recursos que instigam a uma formulação de conhecimento interligado.
Segue abaixo um site que atrás novas alternativas em substituição aos modelos animais na educação:

http://www.internichebrasil.org/

Não matarás (Parte 7 de 7)

Não matarás (Parte 6 de 7)

Não Matarás [PARTE 5|7]

Não Matarás [PARTE 4|7]

Não Matarás - Instituto Nina Rosa parte 3/7

Não Matarás [PARTE 2|7]

Não Matarás - Parte 1/7

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA: A NOVA ERA DO FAZER CIÊNCIA

A história da ciência foi construída através de experiências e dissecações realizadas através da dor, do sofrimento dos animais em laboratórios. Respaldados através do discurso calculista e antropocêntrico onde a ciência justifica os seus fins, ou seja, o bem-estar da humanidade. Aliás; a própria história da medicina na época moderna não poupou os humanos do sofrimento, devido a certos experimentos in vivo, como as aberrações de Hitler. No entanto hoje, existem muitos cientistas ou pessoas fora da academia que ainda pensam que os animais não sentem dor, frio, fome, medo...enfim; fazem questão de reproduzir um modelo mecanicista ultrapassado de concepção de vida não-humana. Exclui-se; aí o sentido da solidariedade, do afeto, da compaixão para com o próximo não-humano que acaba incidindo também sobre os humanos. Eis, o resgate que o biocentrismo faz de igualar todas as espécies no mesmo patamar de direito a vida. Assim as coisas tendem a evoluir; hoje, tem-se o instrumento jurídico da OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA, das bases da desobediência civil de Thoureu ( revolta pacífica de GANDHI ) , que representa uma escolha que o aluno, técnico ou pesquisador deve fazer em respeito as suas crenças, filosofias ou mesmo religião. Veja o site abaixo:

http://www.veterinariosnodiva.com.br/objecao-de-consciencia.htm