sábado, 31 de março de 2012

Pensata Animal - Os Peixes: uma sensibilidade fora do alcance do pescador

Pensata Animal - Os Peixes: uma sensibilidade fora do alcance do pescador

Lovely Owl

Ativos do ‘capital natural’ do País foram reduzidos quase pela metade nos últimos 20 anos | Portal EcoDebate

Ativos do ‘capital natural’ do País foram reduzidos quase pela metade nos últimos 20 anos | Portal EcoDebate


Conferência da ONU vai discutir 'índice de felicidade'
      A ONU (Organização das Nações Unidas) começa a implementar, na próxima segunda, resolução que busca um "padrão holístico" para medir o desenvolvimento dos países. Segundo o organismo, Estados devem criar medidas além das econômicas para mensurar a felicidade e o bem-estar dos povos. O "índice de felicidade" deve ser discutido na Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável prevista para junho no Rio de Janeiro.

      A resolução da ONU, aprovada em 2011, diz que o PIB (Produto Interno Bruto) não é suficiente para medir o bem-estar de uma população. O documento convida os países a elaborarem medidas adicionais para fazer esse diagnóstico. Haverá um painel de discussões conduzido pelo Butão para discutir o índice de felicidade. O Nobel de Economia Joseph Stiglitz será um dos palestrantes.

      O Butão já adota o conceito de Felicidade Interna Bruta como medida de progresso, preocupação que surgiu naquele país na década de 1970. Atualmente, para medir a felicidade, o Butão considera questões relacionadas à renda, à saúde e ao nível de estresse do povo.

     Segundo disse à Folha Dekey Gyeltshen, porta-voz da missão do Butão na ONU, políticas públicas e projetos do governo passam por "avaliação rigorosa" baseada no índice de felicidade. Nos EUA, o instituto Gallup divulga semanalmente como varia o sentimento de felicidade entre americanos. O índice tem melhorado.

     Entre os dias 19 e 25 deste mês, 48,3% disseram que no dia anterior à pesquisa sentiram felicidade e alegria, e nível não muito grande de estresse e preocupação. Há um ano, o percentual era de 47,2%. O Gallup entrevista mil americanos adultos por dia e a margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual.

     O resultado do índice de bem-estar do instituto é sazonal: os picos de felicidade dos americanos ocorrem em dezembro, na época do Natal, e em junho e julho (meses do verão no hemisfério Norte).



(VERENA FORNETTI)

FONTE:



Alerta sobre retrocessos sócio-ambientais do governo Dilma



POR MOVIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS



RETROCESSOS DO GOVERNO NA AGENDA SÓCIO-AMBIENTAL



       O primeiro ano do governo da presidente Dilma Rousseff foi marcado pelo maior retrocesso da agenda sócio-ambiental desde o final da ditadura militar, invertendo uma tendência de aprimoramento da agenda de desenvolvimento sustentável que vinha sendo implementado ao longo de todos os governos desde 1988, cujo ápice foi a queda do ritmo de desmatamento na Amazônia no governo Lula. Os avanços acumulados nas duas últimas décadas permitiram que o Brasil fosse o primeiro país em desenvolvimento a apresentar metas de redução de emissão de carbono e contribuíram decisivamente para nos colocar numa situação de liderança internacional no plano sócio-ambiental.

      Ao contrário do anúncio de que a presidente aprofundará as boas políticas sociais do governo anterior, na área sócio-ambiental, contrariando o processo histórico, há uma completa descontinuidade. A flexibilização da legislação, com a negociação para aprovação de um Código Florestal indigno desse nome e a Regulamentação do Artigo 23 da Constituição Federal, através da Lei Complementar 140, recentemente aprovada, são os casos mais graves. A lista de retrocessos inclui ainda a interrupção dos processos de criação de unidades de conservação desde a posse da atual administração, chegando mesmo à inédita redução de várias dessas áreas de preservação na Amazônia através de Medida Provisória, contrariando a legislação em vigor e os compromissos internacionais assumidos pelo país. É também significativo desse descaso o congelamento dos processos de reconhecimento de terras indígenas e quilombolas ao mesmo tempo em que os órgãos públicos aceleram o licenciamento de obras com claros problemas ambientais e sociais.

       Esse processo contrasta com compromissos de campanha assumidos de próprio punho pela presidente em 2010, como o de recusar artigos do Código Florestal que implicassem redução de Áreas de Proteção Permanente e Reservas Legais e artigos que resultassem em anistia a desmatadores ilegais. Todos esses pontos foram incluídos na proposta que deve ir à votação no Congresso nos próximos dias, com apoio da base do governo.

       Os ataques às conquistas sócio-ambientais abrem espaço para outros projetos de alteração na legislação já em discussão no Congresso. São exemplos a Proposta de Emenda Constitucional que visa dificultar a criação de novas Unidades de Conservação e reconhecimento de Terras Indígenas; o projeto de lei que fragiliza a Lei da Mata Atlântica; os inúmeros projetos para diminuição de unidades de conservação já criadas; a proposta de Decreto Legislativo para permitir o plantio de cana de açúcar na Amazônia e no Pantanal e a discussão de mineração em áreas indígenas.

       As organizações da sociedade que apóiam o desenvolvimento não destrutivo e estão preocupadas com a preservação do equilíbrio sócio-ambiental no país subscrevem este documento, alertando a opinião pública para o fato de que o Brasil vive um retrocesso sem precedentes na área sócio-ambiental, o que inviabiliza a possibilidade de o país continuar avançando na direção do desenvolvimento com sustentabilidade e ameaça seriamente a qualidade de vida das populações atuais e futuras.



CÓDIGO FLORESTAL – É o ponto paradigmático desse processo de degradação da agenda sócio-ambiental a iminente votação de uma proposta de novo Código Florestal que desfigura a legislação de proteção às florestas, concede anistia ampla para desmatamentos irregulares cometidos até julho de 2008, instituindo a impunidade que estimulará o aumento do desmatamento, além de reduzir as reservas legais e Áreas de Proteção Permanente em todo o país. A versão em fase final de votação nos próximos dias afronta estudos técnicos de muitos dos melhores cientistas brasileiros, que se manifestam chocados com o desprezo pelos alertas feitos sobre os erros grosseiros e desmandos evidentes das propostas de lei oriundas da Câmara Federal e do Senado.

      Em outras oportunidades, durante os oito anos da administração Fernando Henrique Cardoso e nos dois mandatos da administração de Luiz Inácio Lula da Silva, houve tentativas de reduzir os mecanismos legais de proteção a florestas e ao meio ambiente. Mas a maior parte delas foi barrada pelo Executivo, devido à forte contestação da sociedade. Hoje o Executivo se mostra inerte e insensível à opinião pública, a começar pelo Ministério do Meio Ambiente, que interrompeu a realização das Conferências Nacionais de Meio Ambiente e tem sido conivente e passivo frente ao desmonte da legislação pertinente à sua área de atuação.

      Invertendo aquela tradição, a atual administração deixou sua base parlamentar fazer o que bem entendesse, entrando na discussão quando o fato já estava consumado e de forma atabalhoada. Setores do governo interferiram para apoiar, às vezes veladamente, às vezes nem tanto, as propostas que reduzem as florestas, enquanto a tendência mundial, diante das mudanças climáticas, é aumentar a cobertura florestal.



REDUÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – Nesse primeiro ano, o governo Dilma não criou nenhuma unidade de conservação e, numa atitude inédita, enviou ao Congresso a Medida Provisória nº 558 que excluiu 86 mil hectares de sete Unidades de Conservação federais na Amazônia para abrigar canteiros e reservatórios de quatro grandes barragens, nos rios Madeira e Tapajós. Além de não ter havido prévia realização de estudos técnicos e debate público sobre as hidrelétricas do Tapajós, a Constituição Federal estabelece que a alteração e supressão de áreas protegidas só poderia se dar através de lei, o que levou a Procuradoria Geral da República a impetrar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao Supremo Tribunal Federal contra o uso de Medida Provisória pela presidente.



REDUÇÃO DO PODER DE FISCALIZAÇÃO DO IBAMA – O governo federal eleito com a maior bancada de apoio da história do país, que deveria ser capaz de implementar as reformas necessárias para avançar no caminho da democracia, da governança política, da economia ágil e sustentável, vem dando sinais de ser refém dos grupos mais atrasados encastelados no Congresso. O que o levou a aceitar e sancionar sem vetos a citada Lei Complementar 140, que retirou poderes de órgãos federais, tais como o Ibama e o Conama, fragilizando esses órgãos que tiveram importância fundamental na redução do desmatamento da Amazônia e na construção da política ambiental ao longo dos últimos anos.



ATROPELOS NO LICENCIAMENTO – Mais do que omitir-se diante dos ataques à floresta, o governo federal vem atropelando as regras de licenciamento ambiental, que visam organizar a expansão dos projetos de infra-estrutura no Brasil. Diferentemente do tratamento dado ao licenciamento da BR 163 num passado recente, quando o governo construiu junto com a sociedade um Plano de Desenvolvimento Sustentável da região de abrangência da obra, o licenciamento da Hidrelétrica de Belo Monte é marcado pelo desprezo às regras, às condicionantes ambientais e à necessidade de consulta às populações indígenas afetadas. Esse novo “modus operandi” vem se tornando prática rotineira, o que ameaça a integridade da região amazônica, onde se pretende instalar mais de 60 grandes hidrelétricas e 170 hidrelétricas menores. O conjunto de grandes e pequenas hidrelétricas provocará não só mais desmatamento associado à migração e especulação de terras como, ao alterar o regime hidrológico dos rios da região, afetará de forma irreversível populações indígenas e comunidades locais.



PARALISIA NA AGENDA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS – Entre 2005 e 2010 o Brasil vinha dando passos decisivos ano após ano para avançar a agenda de enfrentamento das mudanças climáticas no cenário nacional e internacional. Esse esforço culminou, em 2009, com a acertada definição de metas para redução de gases de efeito estufa incorporadas na Lei da Política Nacional de Mudanças Climáticas, que pautaram a virada de posição das economias emergentes. A regulamentação da lei em 2010 determinou a construção dos planos setoriais para redução de emissões em 2011. Porém, o que se viu em 2011 foi uma forte retração da agenda e nenhum dos planos setoriais previstos para serem desenvolvidos no primeiro ano do governo Dilma foi finalizado ou sequer passou por qualquer tipo de consulta pública.



LENTIDÃO NA MOBILIDADE – A agenda sócio-ambiental caminha vagarosamente mesmo nas áreas apontadas pelo governo como prioritárias — a construção de obras de infra-estrutura. O PAC da Copa, lançado em 2009, prevê investimentos de R$ 11,8 bilhões em melhoria da mobilidade urbana, mas só foram efetivados 10% destes. Já é de conhecimento público que os sistemas metroviários não estarão em operação em 2014. No início deste governo foi lançado o PAC da Mobilidade, mas até o presente momento ainda não foram selecionados os projetos e nenhum contrato para desembolso de verba foi assinado.



LENTIDÃO NO SANEAMENTO – Os investimentos em saneamento também andaram mais devagar do que fazia crer a intensa propaganda eleitoral. Com um orçamento inicial de R$ 3,5 bilhões, o governo investiu efetivamente apenas R$ 1,9 bilhão, valor 21% menor que em 2010. A liberação de recursos pela Caixa Econômica Federal também deixou a desejar (R$ 2,3 bilhões até novembro, apenas 25% do contratado). Peça fundamental de uma estratégia de redução da poluição de nossas águas, o saneamento básico no Brasil tem números vergonhosos: apenas 44,5% da população brasileira está conectada a redes de esgotos; e desse esgoto coletado, somente cerca de 38% é tratado (o que significa que mais de 80% do esgoto produzido no Brasil é despejado na natureza).



LENTIDÃO NA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E AUMENTO DA VIOLÊNCIA NO CAMPO – Não é apenas na criação de unidades de conservação e terras indígenas e quilombolas que a hegemonia dos setores mais retrógrados do país se faz presente. O primeiro ano do governo Dilma foi marcado pelo pior desempenho na área de criação de assentamentos da reforma agrária desde, pelo menos, 1995. O desembolso de recursos com ações para estruturar produtivamente os assentamentos já existentes foi o mais baixo da última década: R$ 65,6 milhões. O processo de titulação de terras indígenas e de quilombos também se arrasta – em 2011, só uma terra de quilombo foi titulada e três terras indígenas homologadas.



      Esses retrocessos coincidiram com o aumento da violência no campo. Segundo levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 38 índios foram assassinados nos nove primeiros meses do ano passado, sendo 27 no Mato Grosso do Sul, cenário de tensas disputas por direitos territoriais. Esses números são engrossados por pelo menos oito assassinatos de agricultores familiares e/ou extrativistas em disputas com grileiros de terras, principalmente na região Norte.



MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INERTE – Diante desses ataques contra a estrutura e competências de sua pasta, o Ministério do Meio Ambiente, de forma inédita, tem acatado com subserviência inaceitável os prejuízos para as atribuições de órgãos, como a fragilização do Conama e a redução dos poderes do Ibama na fiscalização e no licenciamento. Frente às agressões ao bom senso e à ciência contidas na proposta do Código Florestal, a ministra deu seu beneplácito ao aceitar a alegação de que o texto não continha cláusulas de anistia, quando ele claramente concede perdão amplo, geral e irrestrito para a grande maioria dos desmatadores ilegais.



     Diante desses retrocessos apontados, as organizações sociais signatárias apelam para que a presidente cumpra os compromissos assumidos em campanha e retome a implementação da agenda de sustentabilidade no país. Somente uma ação forte nesse sentido evitará os graves prejuízos para a sociedade brasileira e que o Brasil viva o vexame de ser ao mesmo tempo anfitrião e vilão na Rio + 20, em junho deste ano.



QUADRO - O pior resultado de políticas ambientais desde o fim da ditadura militar.

PASSIVO: Interrupção dos processos de criação de Unidades de Conservação (UCs) e redução do tamanho de algumas já existentes.

A MP 558 excluiu 86 mil hectares de sete UCs federais da Amazônia para abrigar canteiros e reservatórios de barragens nos rios Madeira e Tapajós. O governo, desde sua posse, não autorizou a criação de nenhuma UC.

PASSIVO: Omissão frente à ação do Congresso Nacional para aprovação do Código Florestal que, na prática, reduz a proteção das florestas. 

O projeto do Código Florestal defendido pelo governo e por sua base legislativa anistia desmatamentos irregulares e reduz as reservas legais e as Áreas de Proteção Permanentes (APP) em todo o país, atendendo a interesses dos ruralistas, ignorando os argumentos científicos e sócio-ambientais .

PASSIVO: Congelamento de processos de reconhecimento de terras indígenas e quilombolas.

Paralisação dos processos em andamento levou inclusive a aumento da violência no campo: 38 índios foram assassinados de janeiro a setembro de 2011, segundo dados do CIMI.

PASSIVO: Pressão para que órgãos públicos acelerem o licenciamento de obras com problemas sócio-ambientais.

Modificação nas normas de licenciamento visando a redução da capacidade dos órgãos públicos federais em analisar com a profundidade necessária obras de grande impacto sócio-ambiental, em especial na Amazônia.

PASSIVO: Enfraquecimento de órgãos federais como IBAMA e Conama.

A sanção sem vetos da Lei Complementar 140 retirou atribuições do Conama e diminuiu o papel do Ibama na fiscalização de irregularidades ambientais, em especial no combate ao desmatamento ilegal. 

PASSIVO: Priorização à construção de grandes hidrelétricas na Amazônia, em detrimento de fontes de energia renováveis de baixo impacto. 

Sob o falso argumento de que é energia limpa, o governo planeja implantar novos projetos de 60 grandes hidrelétricas e 171 pequenas centrais hidrelétricas na Amazônia. Isso aumentará a pressão sobre o desmatamento e afetará de forma irreversível populações indígenas, comunidades locais, o estoque de peixes e o regime hidrológico.

PASSIVO: Redução dos investimentos em saneamento básico.

Com orçamento inicial de R$ 3,5 bilhões, O governo investiu, em 2011, apenas R$ 1,9 bilhão em obras de saneamento básico. Somente 44,5% dos brasileiros têm acesso à rede de esgoto e mais de 80% do esgoto gerado no país é despejado na natureza.

PASSIVO: Redução do ritmo de assentamentos para efeito de Reforma Agrária.

O primeiro ano do governo Dilma registrou o pior desempenho na criação de assentamentos desde 1995. O desembolso para a estruturação de assentamentos já existentes foi o menor valor da última década: R$ 65,6 milhões. 

PASSIVO: Lentidão na mobilidade

Do PAC da Copa, lançado em 2009, só foram efetivados 10% dos recursos. Já é de conhecimento público que os sistemas metroviários não estarão em operação em 2014. 

Assinam:
Instituto Sócio-ambiental – ISA
Instituto Democracia e Sustentabilidade – IDS
Fundação SOS Mata Atlântica
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – Ipam
Rios Internacionais – Brasil
Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA)
Grupo de Trabalho Amazônica (Rede GTA)
Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi)
Associação Alternativa Terrazul
WWF Brasil


       FONTE:

       http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6888:submanchete080312&catid=71:social&Itemid=180

Ecologistas vaiam políticas de Dilma

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Contato Animal: 28 de abril - II Manifestação Nacional Anti Viviss...

Contato Animal: 28 de abril - II Manifestação Nacional Anti Viviss...: No dia 28 de abril de 2012, às 15 horas, em diferentes cidades brasileiras e do exterior, estará acontecendo a II Manifestação Nacional ...

Abaixo-assinado CONTRA A CRUEL EXPORTAÇÃO DE JEGUES PARA A CHINA

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sábado, 24 de março de 2012

Cão e filhotes de lince criam amizade em parque na Eslováquia


      Apesar da fama de serem inimigos, cães e gatos ainda podem se dar muito bem. É o caso de um cão e três filhotes de lince, em um Parque Nacional na Eslováquia.

      O cão Lilica se tornou inseparável dos felinos Liza, Viki e Muro após os filhotes terem sido levados ao Parque Nacional Velka Fatra, na Eslováquia.

     Os pequenos animais fazem parte de um projeto do parque, especial para linces.

     O projeto, chamado “O Retorno dos Linces”, tem o objetivo de levar felinos de volta à vida selvagem.

FOTOS: The Grosby Group








FONTE:


Dieta absolvida: Conselho Regional de Nutricionistas publica parecer sobre dietas vegetarianas

Por George Guimaraes

www.nutriveg.com.br

     Aqueles que lutam ativamente pelo veganismo e pelos direitos animais sabem que raramente temos uma conquista a comemorar. Elas existem, mas a uma razão inferior a uma conquista para cada cem lutas. Algumas levam anos, outras levam décadas. Hoje, 20 de janeiro de 2012, é uma dessas datas em que podemos comemorar uma conquista que exigiu quase duas décadas de trabalho.

      O Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª região (CRN-3), que orienta e fiscaliza a profissão dos nutricionistas nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, acaba de divulgar o seu parecer referente às dietas vegetarianas, ou “Vegetarianismo”, como eles preferiram intitular o documento. Nele, o CRN-3 admite e recomenda que 1) a natureza biológica do ser humano o permite escolher o que comer; 2) é possível atingir a adequação nutricional com dietas vegetarianas desde que observados alguns cuidados; 3) as dietas vegetarianas podem ser adotadas em qualquer ciclo da vida e; 4) cabe ao nutricionista orientar o indivíduo visando a promoção da sua saúde. Note que o papel do nutricionista é orientar, e não julgar, a opção do indivíduo. A recomendação é apenas para que seja dada atenção a aspectos psicológicos e socioculturais no processo de atenção dietética.

      Mas isso não é nada mais do que o óbvio, certo? Afinal, o que há para comemorar? Enquanto essas recomendações do CRN-3 possam parecer (e deveriam parecer) nada mais do que senso comum até mesmo para o público leigo, nem sempre foi assim entre os profissionais nutricionistas e especialmente entre os membros desse órgão que regulamenta a profissão, que já impôs algumas barreiras ao exercício profissional daqueles que optaram por orientar os seus pacientes com base em uma dieta vegetariana. Ilustrarei essa dificuldade contando a minha trajetória de relacionamento com esse órgão e as instituições acadêmicas que formam os profissionais da área da nutrição.

      Foi em 1994, quando ingressei na faculdade de nutrição, que dei início aos meus estudos “oficiais” sobre nutrição vegetariana. Antes disso, eu já estudava o tema de maneira informal e faça experiências pessoais com algumas de suas vertentes, como a macrobiótica e o higienismo. Diferentemente dos estudos particulares, onde as fontes de pesquisa eram favoráveis ao que se buscava, durante os o primeiro ano de faculdade tudo o que encontrei foi resistência na discussão da nutrição vegetariana e logo compreendi que a expectativa não poderia ser diferente já que o tema era tão desconhecido por parte dos professores e dos alunos que chegava a ganhar status de tabu dietético. A solução imediata para continuar os meus estudos foi ir buscar informação no exterior, onde tanto a pesquisa quanto os órgãos reguladores da profissão já haviam atingido um patamar mais avançado do que esse que agora, 18 anos depois, estamos apenas adentrando.

      Já no segundo ano da faculdade (1995) dei início à publicação de um periódico _____ intitulado Segunda Opinião, que trazia uma visão diferente sobre a nutrição, discutindo o tema da nutrição vegetariana e dos direitos animais. Foi a partir dessa publicação, baseada em pesquisas científicas em uma era pré-internet, que passei a ganhar alguma atenção com seriedade, podendo debater o tema diante de certo respeito por parte do corpo docente, que alternava entre pedir mais referências bibliográficas sobre o assunto e me alertar que o CRN não permitiria que, depois de formado, a minha atuação fosse voltada para as dietas vegetarianas, esse “modismo da vez” que não combinaria com a postura de um profissional de saúde.

       Sobrevivi a todos os percalços caracteristicamente enfrentados por um aluno que vai contra o conhecimento estabelecido pela academia, que são justamente aqueles que no futuro contribuem para o avanço da mesma. Por ser vegano desde o início da faculdade, recebi nota zero nas aulas práticas por me recusar a degustar os pratos que continham produtos de origem animal (o que não resultava em um impedimento de fato porque a nota era facilmente compensada pelas notas máximas nas provas teóricas). Infelizmente, eu desconhecia o conceito de Objeção de Consciência naquela época, ou teria recorrido ao meu direito de não participar das aulas práticas. Escutei com bom humor às recomendavam para que eu formasse a minha própria seita para conseguir atuar profissionalmente (recomendação essa que acatei fielmente) e sobrevivi à recusa do tema do meu trabalho de conclusão de curso (TCC), que ra sobre “a adequação nutricional das dietas vegetarianas”, recusado sob o pretexto de que não haviam fontes bibliográficas suficientes, apesar de o projeto do trabalho conter mais de uma centena delas. Com a cooperação de uma das professoras, o trabalho acabou sendo levado como trabalho de estágio, e por fim foi tão apreciado que fui convidado a apresentá-lo no auditório juntamente com os TCCs dos outros alunos.

      Devidamente contrabandeando para o local onde deveria ter estado desde o princípio, tanto o trabalho quanto eu fomos devidamente achincalhados pela banca examinadora, com direito a uma intervenção por parte do professor de anatomia e patologia, que sequer fazia parte da banca examinadora e quebrando totalmente o protocolo tomou o microfone (e o palco) para apresentar a sua própria versão sobre o tema. No momento, isso não fez a menor diferença no resultado já que o meu TCC “oficial”, sobre algum tema qualquer sem a menor relevância para o conhecimento científico, já havia sido apresentado e aprovado. Mas a reação da banca e do professor tiveram um valor já que, observando tão exclusiva e explosiva reação por parte do corpo docente, tive a certeza de que essa apresentação seria um sucesso, ou uma polêmica, em outras faculdades e por isso a mantive e a aprimorei, levando-a para outras faculdades e congressos de nutrição por muitos anos seguintes.

Liberto da forma mais enrijecida de preconceito acadêmico que é aquele que predomina na graduação, onde os alunos são moldados para aprender o que devem e não devem pensar, encontrei uma maior (mas não grande) abertura no campo da pesquisa científica.

      Fui co-autor de trabalhos de pesquisa científica acerca do tema da nutrição vegetariana em instituições respeitadas como o Instituto do Coração (InCor) com direito a publicação em revistas científicas internacionais de medicina. Esses trabalhos sempre tiveram mais aceitação nos congressos no exterior. No Brasil a aceitação se mostrou mais fácil em congressos médicos do que em congressos de nutrição. Já no exterior, onde são realizados congressos científicos de alguns dias de duração com temática dedicada integralmente à nutrição vegetariana, a aceitação é maior. Afinal, em alguns países os órgãos equivalentes ao nosso Conselho Federal de Nutrição (CFN) já têm publicado há mais de duas décadas pareceres favoráveis à adequação nutricional das dietas vegetarianas.

       Nos últimos anos, os congressos de nutrição no Brasil passaram a dar mais abertura para palestras sobre o tema, mas nem tanto para publicações científicas. A explicação para isso é que as palestras têm menor peso científico nos anais do congresso e por isso são mais bem aceitas para a apresentação de temas “polêmicos”. Elas trazem público ao congresso, de certa forma informam, mas não exatamente agregam ao conhecimento científico. Ou seja, do ponto de vista científico, têm menor significado, pendendo para a curiosidade ou opinião individual com menos efeito para sedimentar um conceito, por isso a maior aceitação por parte da academia quando o tema são as dietas vegetarianas, pois essa forma de apresentação oferece um risco menor.

      É fundamentada em publicações científicas e não em palestras, por exemplo, que uma comissão dentro de um conselho profissional como é o caso do CRN-3 pode emitir um parecer como o atual. Felizmente, nesse ano assim o fizeram, mas essa conquista é fruto de muitos anos de trabalho e perseverança já que nem sempre foi assim. Mais adiante voltarei a falar do CRN-3 de mais de uma década atrás.

       Com mais publicações científicas, e maior atenção da mídia, também fruto de um trabalho intenso de muitos anos levando informação aos veículos de comunicação e quebrando preconceitos também nessa área, as faculdades de nutrição passaram a olhar com melhores olhos para o tema da nutrição vegetariana, levando a discussão aos alunos que, percebendo em seu próprio convívio o crescimento no número de vegetarianos, sempre se mostraram muito receptivos às apresentações. Em 2006 surgiu na UNASP o primeiro (e até essa data o único) curso de pós-graduação a dedicar uma disciplina inteira, ou mais de uma, ao tema da nutrição vegetariana. Juntamente com a colega nutricionista Dra. Márcia Martins, criadora do curso e também autora de diversas publicações científicas relacionadas ao tema, tenho a honra de fazer parte do corpo docente do referido curso, que até hoje continua sendo ministrado na universidade.

      Havendo certa autonomia na comunidade científica, também outorgada enquanto professor, essa mesma autonomia não é gozada em todas as áreas da atuação profissional do nutricionista. Tendo encerrado o período da faculdade em 1997, dessa forma não tendo mais que prestar satisfação aos professores; tendo conquistado aceitação das palestras em faculdades e para o público em geral e; inserido nas instituições de pesquisa com aceitação dos trabalhos científicos no Brasil (em menor grau) e no exterior (em maior grau), agora seria a vez do CRN-3 (esse mesmo que hoje reconhece a viabilidade das dietas vegetarianas) buscar tolher a minha atuação profissional aparentemente “subversiva”. Por meio de processos disciplinares, sabatinas e convocações intimidatórias para dar explicações sobre a minha atuação profissional na qual recomendo dietas vegetarianas, sempre sob a pressão de penalidades que variam de uma simples advertência até a suspensão permanente do direito de exercer a profissão, eu mantive a posição que sempre defendi e na qual me especializei desde o início da faculdade, que é a da viabilidade e superioridade nutricional de uma dieta vegetariana.

      O primeiro processo foi iniciado pelo CRN-3 em 2003 e culminou na proibição do uso da assinatura que acompanhava os meus comunicados e impressos: “Dr George Guimarães, nutricionista especialista em dietas vegetarianas”. O argumento do CRN-3 foi o de que não havia tal especialidade dentro da nutrição, que além do mais não aceitava as dietas vegetarianas como sendo adequadas à nutrição humana. Não tendo outra opção se não a de acatar ao pé da letra a determinação do Conselho Regional de Nutricionistas, assim o fiz, ao pé da letra, exatamente como constava no documento e desde então passei a assinar como “nutricionista especializado em dietas vegetarianas”, que se analisarmos de maneira minuciosa podemos concluir tratar-se de um termo (quase) diferente daquele que constava no documento com a determinação do CRN-3. Por algum motivo, a provocação não foi aceita e assim tenho mantido a nova assinatura.

      Mas não faltaram motivos para novas denúncias, novos inquéritos e novos pedidos de explicações, sempre sob a ameaça das punições disciplinares cabíveis. O último processo disciplinar foi aberto em 2011, poucos meses antes de ser admitido pelo mesmo órgão, na data de hoje, a viabilidade nutricional das dietas vegetarianas desde que observados alguns cuidados especiais, melhor ainda, desde que orientadas por um nutricionista que seja “especializado” no assunto (com perdão do uso do termo subversivo), que na data da publicação do documento de absolvição só existem porque conseguiram sobreviver à caça às bruxas da nutrição vegetariana no país.

      Portanto, vamos comemorar! Mas comemorar o que? O que muda, afinal? Naturalmente, não é só porque o CRN-3 finalmente admite a viabilidade das dietas vegetarianas que os nutricionistas que estão formados ou em formação ganharão uma consciência imediata sobre o respeito devido aos pacientes vegetarianos ou um conhecimento suficiente para prestar uma boa orientação nutricional.         Mas a publicação desse parecer impulsionará as faculdades a incluírem o tema em seus currículos e, sobretudo, deixará claro para os profissionais nutricionistas que eles não mais poderão desencorajar um paciente que chega ao seu consultório com a opção de uma dieta vegetariana sob o pretexto de essa ser inviável do ponto de vista nutricional. Todos os meus pacientes, sem exceção, são vegetarianos, protovegetarianos [1] ou estão em transição para uma dessas modalidades e cito como exemplo da desinformação e preconceito por parte de outros profissionais o fato de que cerca de 50% deles chegam ao meu consultório depois de já terem passado por outros nutricionistas. Eles decidem procurar uma orientação especializada depois da péssima experiência que tiveram com os seus nutricionistas convencionais, que em geral os desestimulam a adotar uma dieta vegetariana, chegando ao ponto de amedrontá-los em relação aos supostos riscos “irremediáveis” aos quais estarão sujeitos caso decidam insistir continuar com a sua opção alimentar. Ora, salvo em caso de distúrbio alimentar com causa psicológica, o papel do nutricionista é o de orientar o paciente de modo a obter uma dieta balanceada dentro da sua opção de estilo alimentar, não sendo o seu papel desencorajá-lo quando essa opção é viável do ponto de vista nutricional somente porque essa opção não está de acordo com as crenças filosóficas do nutricionista, ou ainda porque lhe falta o conhecimento necessário. Esse é o caso na maioria das vezes e a responsabilidade é da faculdade de nutrição, que dá pouca ou nenhuma importância ao tema na formação dos profissionais que em poucos anos estarão frente a frente com um paciente vegetariano que o procurará em busca de orientação.

      Na prática, ao menos no meu entendimento, agora com a publicação desse parecer os nutricionistas (ao menos por hora aqueles que atuam nos estados de abrangência do CRN-3), estariam vedados a desencorajar um paciente em sua opção por uma dieta vegetariana. Chego a essa conclusão por mera reciprocidade, uma vez que antes desse novo entendimento sobre a viabilidade das dietas vegetarianas os nutricionistas que optavam por orientar os seus pacientes com base em uma dieta vegetariana eram questionados. Se agora o entendimento é o de que as dietas vegetarianas são viáveis, seria uma infração desestimular um paciente a adotá-las sob a justificativa da sua “inviabilidade” nutricional? Esse entendimento não cabe a mim, mas sim ao CRN-3, mas trago esse arrazoado apenas para apontar que essa inversão deverá motivar os nutricionistas a estarem mais atentos e respeitosos diante da opção de seus pacientes vegetarianos, e possivelmente permitirá a alguns pacientes recorrerem ao CRN-3 para denunciar os nutricionistas que desrespeitarem a sua opção alimentar.

       Por fim, devo dizer que estou tendo dificuldade de escrever esse texto sem me vir à mente a letra de uma música da banda IRA!, que diz: “Eu tentei fugir / Não queria me alistar / Eu quero lutar / Mas não com essa farda”. Não desertei a profissão nos últimos 18 anos por estar convicto de que a minha atuação (apesar de na sua forma especializada não ser ampla e oficialmente aceita pelos órgãos reguladores da profissão) sempre serviu ao real propósito que guia essa nobre profissão, que é o de levar conhecimento e orientação para a promoção da saúde independentemente da opção filosófica do indivíduo. Enquanto eu vista muitas fardas diferentes no meu dia-a-dia, agora posso dizer que me orgulho dessa nova farda, reformada graças à clareza e boa vontade do Colegiado 2011-2014 do CRN-3, ao qual parabenizo.



         Estendo minhas congratulações a todos os colegas nutricionistas vegetarianos, que há duas décadas não passávamos de uma dezena e hoje já somos mais de uma centena, perseverando em nossa postura a despeito das intempéries que possamos ter enfrentado em nossa caminhada profissional. Estejam certos de que essa conquista é fruto também do trabalho de vocês. Continuemos lutando hoje para que possamos comemorar as conquistas das próximas décadas!



Saudações,



Dr George Guimarães

Nutricionista especializado em dietas vegetarianas, desde 1997 atendendo exclusivamente a pacientes vegetarianos

[1] Leia a íntegra do parecer divulgado pelo Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª região em 20 de janeiro de 2012 no endereço http://www.nutriveg.com.br/parecer-do-crn-3-sobre-dietas-vegetarianas-2012.html



[2] O CRN-3 errou ao utilizar o termo “dieta vegana”. Por ser o veganismo um estilo de vida e não um estilo alimentar, não existe uma “dieta vegana”, e sim uma dieta vegetariana, que é a dieta adotada pelo vegano. Apesar de serem comumente usados os termos “dieta vegana”, “dieta ovolactovegetariana” etc, inclusive em textos de minha autoria anteriores a 2010 ( http://nutriveg.com.br ), essa terminologia foi recentemente revisada. De acordo com o termo original criado no século XIX, revisado e resgatado em 2010 pela Sociedade Vegana ( http://sociedadevegana.org ), uma dieta vegetariana é aquela que é composta em sua totalidade por alimentos vegetais. As dietas que mantêm algum derivado animal como os ovos ou laticínios são chamadas “dietas protovegetarianas”. Com isso, os termos usados em alguns trechos do texto com o parecer do CRN-3 estão incorretos, pois de acordo com essa revisão da terminologia o termo “dieta vegana” é inexistente e o termo “dieta vegetariana estrita” é redundante haja vista que o termo “dieta vegetariana” já é restritivo ao excluir todos os alimentos de origem animal. Já o veganismo é a expansão do vegetarianismo (estilo dietético livre de quaisquer produtos de origem animal) para abranger outros aspectos do estilo de vida, como o vestuário, por exemplo.


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Justiça Federal suspende audiência pública sobre usina de Pai Querê

A Vara Federal Ambiental Agrária e Residual da Justiça Federal de Porto Alegre deferiu liminar nesta terça-feira (20) requerida pelo Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá), em ação cautelar movida contra o Ibama, e suspendeu as audiências públicas marcadas para discutir a construção da usina hidroelétrica de Pai-Querê até que o órgão atende a requerimento de informações da entidade ambientalista. Com a decisão, a audiência pública que deveria ocorrer nesta terça em São Joaquim foi suspensa. A Justiça Federal confirmou na tarde desta quarta-feira a realização da audiência pública sexta-feira em Porto Alegre.
A usina de Pai-Querê é uma obra que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, com construção prevista em um trecho do rio Pelotas, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Diversas entidades ambientalistas estão mobilizadas contra a construção da usina em uma área prioritária para a conservação da biodiversidade e componente da Reserva da biosfera da Mata Atlântica. Sua construção, advertem essas entidades, poderia destruir 4 mil hectares de florestas com araucária e 1,2 mil hectares de campos rochosos de altitude, além de 100 quilômetros de corredeiras, ameaçando dezenas de espécies de peixes.

http://www.youtube.com/watch?v=-IDs81HNPn0 

A ação movida pela InGá pede que o Ibama disponibilize documentos relativos ao processo de licenciamento ambiental de Pai-Querê. A ausência dessa documentação completa, argumentam os advogado da InGá, “inviabilizam que a sociedade civil organizada exerça sua cidadania de forma plena”. “O processo de licenciamento é público, e é mais que dever de uma associação ambientalista manifestar-se a partir dos elementos concretos que constam no processo administrativo”, sustentam os advogados Emiliano Maldonado e Marcelo Pretto Mosmann.
O Ibama ingressou, na noite desta terça-feira, com recurso de agravo de instrumento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no qual argumenta que “não há obrigação legal alguma em se disponibilizar cópia integral de todo o processo de licenciamento”. A InGá considera que esse argumento não se sustenta “em um regime democrático que preza pela transparência e publicidade das informações públicas, sobretudo em procedimentos administrativos cujos efeitos afetam negativamente o meio ambiente e toda a sociedade”.
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Agrotóxico da Monsanto causa morte de células do rim

      Cientistas demonstraram que a toxicidade do pesticida Bt e do herbicida Roundup afeta diretamente as células humanas.
     O 'biopesticida' da Monsanto conhecido como Bt não está apenas desenvolvendo insetos mutantes e exigindo o uso excessivo de pesticidas, mas novas descobertas revelaram que o agrotóxico também está matando células do rim humano - mesmo em dosagens baixas. Por incrível que pareça, outro produto da Monsanto, o super criador de pragas Roundup Ready, também tem apresentado o mesmo efeito. Cientistas demonstraram em uma nova pesquisa que o pesticida Bt e o herbicida Roundup – que tem recorde em vendas – contém toxicidade que afeta diretamente as células humanas.
      A descoberta se junta à longa lista de efeitos danosos apresentados pelas criações geneticamente modificadas da Monsanto. Essas perigosas culturas Bt atualmente dominam 39% das culturas transgênicas no globo e a Monsanto não parece estar reduzindo a sua campanha para expandir o uso do agrotóxico.
      Os cientistas que fizeram a pesquisa foram liderados por Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, na França, e são experientes conhecedores dos efeitos tóxicos do Bt e do glifosato — o principal componente usado no Roundup.
      Inicialmente, Séralini e um grupo de outros cientistas descobriram que o Roundup está ligado à infertilidade e à morte de células testiculares em ratos. O relatório estabelecia que, entre 1 e 48 horas de exposição, as células testiculares de ratos maduros ou estavam danificadas ou mortas. Em somente 100 partes por milhão (ppm), o biopesticida da Monsanto levava à morte celular. Além disso, descobriram que o Roundup a 57.2 ppm matou metade da população de células - o que está 200 vezes abaixo do uso feito pela agricultura. Outro dado preocupante é o fato dos pesquisadores já terem detectado que o Roundup está acima dos limites de quantificação em 41% das 140 amostras de água subterrânea retiradas da Catalunha, na Espanha. Mesmo em pequenas doses, a pesquisa indicou que o Roundup está matando as células.
      Também foi divulgado que o Roundup está danificando outras formas de vida além dos humanos, causando, por exemplo, a diminuição na população de borboletas-monarca, porque está matando as plantas que as borboletas usam como habitat e alimento. Um estudo de 2011 publicado no jornal Conservação de Insetos e Diversidade revelou que o aumento do uso do milho e da soja Roundup Ready, geneticamente modificados, está contribuindo significativamente para a diminuição da população de borboletas-monarca na América do Norte, devido à destruição da erva-leite .
      A evidência de que o biopesticida da Monsanto e o Roundup estão causando danos à natureza e à segurança humana é clara, mas, mesmo assim, pouco foi feito a respeito. O EPA (Agência de Proteção Ambiental Americana) tem sido bombardeado com chamados para ação e 22 acadêmicos especialistas em milho o advertiram que as culturas transgênicas estão destruindo o futuro da produção agrícola. Quando a gigante corporação Monsanto vai ser responsabilizada pelas devastação de suas criações?
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Embrapa a serviço da Monsanto e das transnacionais?

 por Gilvander Luís Moreira

Em tempos de Campanha da Fraternidade sobre saúde pública (CF/2012), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) pediu liberação do herbicida Glifosato também para a cultura da mandioca. Essa é uma lamentável notícia que exige, no mínimo, sete breves comentários.
1 - A Embrapa é uma das empresas públicas que mais recebem dinheiro das transnacionais para investimento em pesquisas, melhor dizendo, aperfeiçoamento tecnológico na produção agropecuária. Um ditado popular diz: "quem paga a banda, escolhe a música", ou seja, grande parte das pesquisas feitas pela EMBRAPA no último período tem sido para beneficiar as grandes empresas do ramo de agrotóxicos, como a própria MONSANTO, que no ano de 2010 passou para a Embrapa nada menos que R$ 5,9 milhões voltados a investimentos em pesquisas para os três anos seguintes (2011, 2012 e 2013).
2- O Glifosato é um herbicida sistêmico não seletivo, ou seja, mata qualquer tipo de planta, exceto aquelas geneticamente modificadas para resistir ao glifosato, como é o caso das plantas (soja, por exemplo) com a marca RR (Roundup Ready), produzida pela Monsanto. Um dos agrotóxicos mais vendidos pela Monsanto no país é o Roundup, que tem como principal ingrediente o glifosato.
3 - O uso massivo do glifosato tem provocado a aparição de resistência por parte de algumas plantas, levando a um aumento progressivo das doses usadas, e assim a uma desvitalização e perda de fertilidade da terra, afinal o herbicida elimina também bactérias, que são indispensáveis à regeneração do solo e manutenção de sua fertilidade. Este processo faz com que a cada dia aumente o uso de fertilizantes químicos, que alimentam as plantas e não fertilizam a terra, aumentando ainda mais o ciclo vicioso. Só no ano passado (2011), as importações brasileiras de fertilizantes (20,7 milhões de toneladas) somaram um gasto de 9,1 bilhões de dólares. Quem está mesmo ficando com os lucros e quem está ficando com os prejuízos?
4 - Rubens Onofre Nodari, agrônomo, mestre em Fitotecnia e doutor pela University of California At Davis, professor na UFSC, afirma que além dos problemas no meio ambiente, o glifosato traz problemas à saúde pública, como o aumento da incidência de certos tipos de câncer e alterações do feto por via placentária. Reduz a produção de progesterona e afeta a mortalidade de células placentárias, atuando como disruptor endócrino, ou seja, ele aciona genes errados, no momento errado, no órgão errado. O glifosato também causa, por exemplo, diminuição da produção de espermas, conforme vimos em experimentos feitos em ratos, ou produz espermas anormais. No caso do sistema endócrino, ele pode, por exemplo, inibir algumas enzimas. Ele vai alterar os hormônios que entram na regulação da expressão gênica.
5 - Desta forma vemos que a Embrapa, criada no início da década 70 do século XX, em plena ditadura, pelo então presidente Médici (que já fazia parte das estruturas criadas para dar suporte à imposição da chamada "Revolução verde", agricultura altamente mecanizada, que por sua vez impôs sobre a agricultura o lixo da 2ª Grande Guerra, incluindo, além de máquinas pesadas, armas químicas que foram transformadas em agrotóxicos) segue ainda hoje cumprindo o papel de criar condições para o avanço do capital na agricultura, na qual umas poucas empresas lucram, melhor dizendo, furtam, e o conjunto da sociedade fica com os problemas gerados, sejam eles sociais, ambientais e até econômicos. Injustamente, é a estrutura do Estado, que se diz Democrático de Direito, atuando em favor do agronegócio e conseqüentemente em favor do benefício das empresas transnacionais que dominam a produção e comercialização de agrotóxicos.
6 - Vamos deixar o Brasil se tornar a maior lixeira tóxica do mundo? O Brasil já é o campeão mundial no uso e consumo de agrotóxico. Confira o filme-documentário “O Veneno está na mesa”, do diretor Sílvio Tendler. Por esse motivo, o deputado federal Padre João (do PT) está travando uma batalha na Câmara Federal contra o uso de agrotóxicos.
7 – É inadmissível que a Embrapa continue com trabalhos de melhoramento na produção agropecuária que fortalecem os projetos das empresas transnacionais, agridem o meio ambiente e adoecem o povo brasileiro. A coluna mestra da Embrapa deve ser pesquisar nas áreas de agricultura familiar, com adubação orgânica. A Embrapa precisa assimilar em todas as suas pesquisas o paradigma da agroecologia. Só assim estará contribuindo para que a saúde se difunda por todo Brasil.
Enfim, quase todos os venenos devem ser proibidos. O uso deles só é tolerável como exceção e não como regra geral, o que lamentavelmente vem acontecendo. Roundup e muitos outros agrotóxicos são desenvolvidos para matar, não fazem parte da ética da vida.
Há uma aliança macabra não confessada entre o agronegócio e a indústria farmacêutica. Produz-se alimentos envenenados para adoecer as pessoas e, assim, jogá-las nas garras da indústria farmacêutica, que é a segunda que mais lucra, melhor dizendo, furta - após a indústria bélica. Em nome da Campanha da Fraternidade sobre Saúde Pública repudiamos a liberação do glifosato para a mandioca e todos os seus derivados.



Gilvander Moreira é Frei e Padre Carmelita, mestre em Exegese Bíblica/Ciências Bíblicas, professor de Teologia Bíblica, assessor da CPT, CEBI, CEBs, SAB e Via Campesina.
E-mail: gilvander(0)igrejadocarmo.com.br

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Meditação acalma a mente e alinha os pensamentos desgovernados. Tente e experimente. Se você meditar por meia hora todos os dias, sua mente vai querer ficar em paz durante as outras vinte e três horas e meia. A mente gosta de experimentar paz. Então seja generoso, dê à mente uma oportunidade de paz. Você pode pensar que isto vai interferir no seu trabalho. Ao contrário, a prática diária da meditação aumentará sua eficiência e você será capaz de produzir melhores resultados em menos tempo. Meditar é educar a mente a ter paz.”
Por Brhama Kumaris



A Erosão da “Relational Matrix”

Por Leonardo Boff

        Há muitos hoje no mundo inteiro, das mais diferentes procedências, preocupados com a crise atual que engloba um complexo de outras crises. Cada um traz luz. E toda luz é criadora. Mas, de minha parte, vindo da filosofia e da teologia, sinto necessidade de uma reflexão que vá mais fundo, às raizes, de onde lentamente ela se originou e que hoje eclode com toda a sua virulência. À diferença de outras crises anteriores, esta possui uma singularidade: nela está em jogo o futuro da vida e a continuidade de nossa civilização. Nossas práticas estão indo contra o curso evolucionário da Terra. Esta nos criou um lugar amigável para viver mas nós não estamos nos mostrando amigáveis para com ela. Movemos-lhe uma guerra sem trégua em todas as frentes, sem nenhuma chance de vencer. Ela pode continuar sem nós. Nós, no entando, precisamos dela.
      Estimo que a origem próxima (não vamos retroceder até o homo faber de dois milhões de anos atrás) se encontra no paradigma da modernidade que fragmentou o real e o transformou num objeto de ciência e num campo de intervenção técnica. Até então a humanidade se entendia normalmente com parte de um cosmos vivente e cheio de propósito, sentindo-se filho e filha da Mãe Terra. Agora ela foi transformada num armazém de recursos. As coisas e os seres humanos estão desconectados entre si, cada qual seguindo um curso próprio. Essa virada produziu uma concepção mecanisista e atomizada da realidade que está erodindo a continuidade de nossas experiências e a integridade de nosso psiqué coletiva.
       A secularização de todas as esferas da vida nos tirou o sentimento de pertença a um Todo maior. Estamos desenraizados e mergulhados numa profunda solidão. O oposto à uma visão espiritual do mundo não é o materialismo ou o ateismo. É o desenraizamento e o sentimento de que estamos sós no universo e perdidos, coisa que uma visão espiritual do mundo impedia. Esse complexo de questões subjaz à atual crise. Precisamos, para sair dela, reencantar o mundo e perceber a Matriz Relacional (Relational Matrix) em erosão, que nos envolve a todos. Somos urgidos a comprender o signficado do projeto humano no interior de um universo em evolução/criação. As novas ciências depois de Einstein, de Heisenberg/Bohr, de Prigogine e de Hawking nos mostraram que todas as coisas se encontram interconectadas umas com as outras de tal forma que formam um complexo Todo.
      Os átomos e as partículas elementares não são mais consideradas inertes e sem vida. Os microcosmos emergem como um mundo altamente interativo, impossível e ser descrito pela linguagem humana, mas apenas por via da matemática. Forma uma unidade complexa na qual cada partícula é ligada a todas as outras e isso desde os primórdios da aventura cósmica há 13,7 bilhões de anos. Matéria e mente comparecem misteriosamente entrelaçadas, sendo difícil discernir se a mente surge da matéria ou a matéria da mente ou se elas surgem conjuntamente. A própria Terra se motra viva (Gaia) articulando todos os elementos para garantir as condições ideais para a vida. Nela mais que a competição, funciona a cooperação de todos com todos. Ela mostra um impulso para a complexidade, para a diversidade e para a irrupção da consciência em níveis cada vez mais complexos até a sua expressão atual pelas redes de conexões globais dentro de um processo de mundialização crescente.
      Esta cosmovisão nos alimenta a esperança de um outro mundo possível, a partir de um cosmos em evolução que através de nós sente, pensa, cria, ama e busca permanente equilíbrio. As idéias-mestras como interdependência, comunidade de vida, reciprocidade, complementariedade, corresponsabilidade são chaves de leitura e nos alimentam uma nova visão mais harmoniosa das coisas.
       Esta cosmologia é que falta hoje. Ela tem o condão de nos fornecer uma visão coerente do universo, da Terra e de nosso lugar no conjunto dos seres, como guardiães e cuidadores de todo o criado. Esta cosmovisão nos impedirá de cair num abismo sem retorno. Nas crises passadas, a Terra sempre se mostrou a nosso favor, nos salvando. E não será diferente agora. Juntos, nós e ela, sinergeticamente poderemos triunfar.
Leonardo Boff é autor de Homem:Satã ou Anjo Bom? Record, Rio 2008
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