sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ministério discute alternativas para testes em animais

           Com intuito de esclarecer as normas brasileiras referente ao uso de animais em testes científicos, a ABC (Associação Brasileira de Cosmetologia) convidou Pedro Binsfeld, coordenador geral de assuntos regulatórios, da Secretária de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos, do Ministério da Saúde, para apresentar durante o 25º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, uma palestra sobre a posição do CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal) na utilização de testes "in vivo".
         Em sua palestra, Pedro Binsfeld dará ênfase ao papel do CONCEA no contexto dos métodos alternativos para pesquisas científicas. Atualmente, o CONCEA é o órgão estatal que desempenha um papel normativo e deliberativo, oferecendo recursos para pesquisa científica e docência, envolvendo testes em animais. Seus princípios e ética se referem ao bem-estar dos animais em relação à redução, refinamento e substituição dos mesmos por outros tipos de testes como os realizados "in vitro".
         As competências do CONCEA incluem o acompanhamento, avaliação e introdução de novas técnicas para substituir o uso de animais no ensino e na investigação. Para este fim, o regimento interno do órgão estabeleceu um programa reconhecido internacionalmente, cujo objetivo é reduzir o número de animais utilizados em pesquisa e ensino, minimizando, assim, o sofrimento, a dor e o desconforto dos animais, procurando alternativas sempre que possível.
         A União Européia aprovou, em setembro de 2010, diretrizes que restringem o uso de animais em testes e ampliam o controle sobre tais procedimentos. "A Associação Brasileira de Cosmetologia e diversas empresas do setor, colocam o respeito ao meio ambiente como um dos valores a serem seguidos, mas é preciso ter cuidado ao abordarmos o assunto, não basta ser contra, é preciso colocar em debate outras formas de testes como in vitro e in silico, além de escutar as necessidades da comunidade científica", afirma Alberto Keidi Kurebayashi, Presidente da ABC.
         A ABC se posiciona a favor da criação de um centro para métodos que substituam os testes em animais, já existentes na Europa, Japão e nos Estados Unidos. Este centro seria responsável por testar, validar e autorizar a prática de métodos alternativos pelos laboratórios.
         Na indústria cosmética, os testes são realizados, na maioria das vezes in vitro e depois diretamente em humanos, o grande problema são os novos ingredientes, fundamentais para movimentar o mercado e que precisam ter sua segurança e eficácia garantida. Para Alberto Kurebayashi este é um dos problemas que cedo ou tarde o Brasil terá que enfrentar. "Nosso país é o terceiro no ranking mundial de consumo de cosméticos e estamos a caminho da segunda colocação. Também somos grandes ditadores de tendências deste mercado. Se quisermos, realmente, atender a demanda internacional, precisamos estar em sintonia com o resto do mundo", completa Alberto (com MM Comunicação Empresarial).
FONTE:

Nenhum comentário:

Postar um comentário