Dilma cancela ida a usina para evitar protesto ambientalista
28/01/2011
SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
A descoberta de que ONGs ambientalistas articulavam uma manifestação contra o funcionamento de Candiota 3, no Rio Grande do Sul, levou a presidente Dilma Rousseff a cancelar a inauguração da usina, prevista para hoje.
O Planalto não deu explicações para o cancelamento do evento --uma inauguração simbólica da "fase C" da termelétrica a carvão, em operação desde 2010.
O Greenpeace afirma que a usina a carvão é poluente, e que Dilma defendeu em sua campanha, no ano passado, a utilização de energia limpa.
Na última semana, uma equipe da ONG produziu imagens da usina para usar em um documentário com críticas ao governo.
Segundo a Folha apurou, a equipe precursora do Planalto soube da movimentação dos ambientalistas e alertou a presidente de que enfrentaria desgaste. Seria o primeiro discurso de Dilma em palanque desde que assumiu o cargo.
A estrutura do evento já estava pronta. Era prevista exibição da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Foram convidadas 2.000 pessoas e diversos prefeitos do Estado.
Candiota 3, lançada por Lula em 2006, é a maior obra do PAC na região Sul. O investimento é de R$ 1,3 bilhão. O nome de batismo da usina é "Presidente Médici".
O cancelamento da visita de Dilma foi comunicado na noite de anteontem ao presidente da CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica), Sereno Chaise, aliado histórico de Dilma no Estado --saíram juntos do PDT brizolista rumo ao PT.
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