quinta-feira, 31 de março de 2011

Leishmaniose: matar animais não resolve!: Donos recorrem à Justiça para evitar morte de cach...

Leishmaniose: matar animais não resolve!: Donos recorrem à Justiça para evitar morte de cach...: " O pitbull Vlad, tratado com remédio usado para combater doença reumatológica em humanos Animais com leishmaniose escaparam do..."
Adolescentes pedem o fim da dissecação de animais nas aulas de biologia

Por Giovanna Chinellato  (da Redação ANDA)
          Mary Sheppar e Rachel Matos, de Seymor, em Connecticut, nos EUA, estão circulando uma petição entre seus colegas de ensino médio pedindo o fim da dissecação de animais em aulas de biologia e anatomia, substituindo-os por softwares modernos de modelos humanos. Segundo informações da PETA, diversos sapos, porcos, tubarões e gatos serão poupados da morte se o projeto das duas for aceito.


Cartaz da PETA que faz jogo de palavras com o nome da cidade ConnectiCUT (cut = cortar fora... a dissecação)
          As estudantes citam a crueldade como razão principal para boicotarem a dissecação. Muitos animais são capturados do ambiente ou criados em fazendas abarrotadas apenas para serem mortos. Gatos usados nessas aulas são animais perdidos ou abandonados que acabaram em abrigos e foram comprados pelo colégio.
          A Assembléia Geral de Connecticut está considerando uma lei que permitiria aos estudantes o direito de optar por fazer ou não aulas com animais, e que tenham alternativas éticas disponíveis (tal como a Objeção de Consciência funciona no Brasil).
FONTE:

WWF Brasil - Impactos das mudanças climáticas na Amazônia podem inviabilizar Belo Monte

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Em busca de um Brasil sem energia nuclear

Em busca de um Brasil sem energia nuclear
Eletricidade nuclear e as tarifas

Escrito por Heitor Scalambrini Costa

         Os impactos do desastre nuclear na central de Fukushima, no Japão, devem ter efeito imediato nos preços das centrais projetadas no mundo e no Brasil. A exigência de sistemas de segurança mais eficientes e uma alta no preço dos seguros tendem a encarecer ainda mais a eletricidade nuclear.   

         Os custos de uma usina nuclear crescem proporcionalmente com o nível de confiabilidade e segurança exigidos. Quanto menores forem os investimentos na confiabilidade e segurança do suprimento energético, maior será a exposição aos riscos das catástrofes naturais, das falhas humanas e das falhas mecânicas e elétricas que podem ocorrer na instalação. Após este acidente no Japão, especialistas confirmam a necessidade de novos esforços tecnológicos para aumentar a segurança das instalações.  

         No Brasil, verifica-se que as condições de financiamento de Angra 3 são controversas, já que a Eletronuclear assumiu uma taxa de retorno para o investimento entre 8% e 10% - muito abaixo das praticadas pelo mercado, que variam de 12% a 18%. Somente uma taxa de retorno tão baixa pode viabilizar a tarifa projetada de R$ 138,14 megawatt/hora (MW/h), anunciada pelo governo federal para essa usina.

          A operação a baixas taxas de juros revela o subsídio estatal à construção de Angra 3. Os subsídios governamentais ocultos no projeto dessa usina nuclear são perversos, porque serão disfarçados nas contas de luz. Se isso se concretizar, quem vai pagar a conta seremos nós, os usuários, que já pagamos uma das mais altas tarifas de energia elétrica do mundo.  

         Ainda no caso de Angra 3, a estimativa de custos da obra, que era de R$ 7,2 bilhões em 2008, pulou para R$ 10,4 bilhões até o final de 2010, de acordo com a Eletronuclear. Isso sem contar o R$ 1,5 bilhão já empregado na construção e os US$ 20 milhões gastos anualmente para a manutenção dos equipamentos adquiridos há mais de 20 anos. Desde 2008, o custo de instalação por kW desta usina subiu 44%, de R$ 5.330/kW para R$ 7.700/kW.   

         A título de comparação, a energia da hidrelétrica de Santo Antônio foi negociada a uma tarifa de R$ 79 MW/h; na hidrelétrica de Jirau, o preço foi de R$ 91 MW/h (ambas no Rio Madeira); na hidrelétrica de Belo Monte (Rio Xingu), de R$ 78,00 MW/h; e o resultado do primeiro leilão de energia eólica no Brasil deixou o MW/h em torno de R$ 148. Bem mais reduzido que o apontado pela Empresa de Planejamento Energético (EPE), que usou um preço mais alto da energia eólica para justificar a suposta viabilidade econômica da opção nuclear.   

        O custo das usinas nucleares que se pretende construir até 2030, duas no Nordeste e duas no Sudeste, é enorme, da ordem de R$ 10 bilhões cada uma. Valor este que poderá ser acrescido de 20% a 40% até o final da obra, como se tem verificado comumente, no caso de grandes obras em realização/realizadas no Brasil. As tarifas previstas para a eletricidade nuclear gerada nestas novas instalações são incertas, de cálculos não transparentes, mas que certamente afetarão de maneira crescente a tarifa da energia elétrica no país.   

         A história do nuclear mostra que esta sempre foi e continua a ser, mesmo com a nova geração de reatores, uma indústria altamente dependente de subsídios públicos. Isto significa que quem vai pagar a conta da imensa irresponsabilidade de se implantar estas usinas em nosso país e na nossa região será a população de maneira geral, e em particular os consumidores, que pagarão tarifas cada vez mais caras.

Heitor Scalambrini Costa é professor associado da Universidade Federal de Pernambuco.

FONTE:

Prefeito de Angra dos Reis diz que município não está preparado para enfrentar um vazamento radioativo | Agencia Brasil

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SBPC: declaração de inconstitucionalidade das organizações sociais pode afetar produção científica | Agencia Brasil

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Entidades pedem proteção dos povos indígenas isolados

Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
        A constante violação de direitos dos povos indígenas que vivem isolados em selvas e florestas de países da América Latina tem preocupado entidades que atuam na defesa dos direitos desta população. Apesar de terem seu direito a terra reconhecido em convenções internacionais, o modo de vida dos indígenas não tem sido respeitado.
         Empresas petroleiras, madeireiros ilegais e outros exploradores, facilitados pela falta de ações dos governos, acabam não só prejudicando as terras, como também o modo de vida e a saúde dos indígenas com suas atividades devastadoras. Os povos indígenas isolados são vulneráveis a qualquer tipo de contato, já que eles não têm imunidade com as doenças ocidentais, segundo apontam estudos. Por isso, a situação desta população é preocupante, já que eles correm perigo de extinção pelas doenças e pela perda de seu território.
        Diante deste cenário, o Comitê Indígena Internacional para a Proteção dos Povos em Isolamento e Contato Inicial da Amazônia (CIPIACI), o Gran Chaco e a Região Oriental do Paraguai propuseram a criação de um mecanismo de prevenção e monitoramento regional da situação dos direitos desta população.
        Durante uma audiência pública realizada na última sexta-feira (25) diante da Comissão Internacional dos Direitos Humanos (CIDH), Jaime Corisepa, coordenador geral do CIPIACI, falou sobre as propostas que visam garantir e proteger os direitos dos povos indígenas em isolamento. Ele ressaltou a necessidade de se promover medidas concretas em nível dos estados membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), no sentido de sensibilizar os governos quanto à questão.
        Para ele, a CIDH deve promover a aplicação de políticas que visem a proteção desta população, e os estados devem paralisar imediatamente as ações que afetam de direta ou indiretamente a integridade territorial dos povos em isolamento, e assim, frear os processo de genocídio contra os indígenas isolados, sofridos por meio de contatos forçados, invasão territorial e assassinatos.
       De acordo com Mikel Berraondo, advogado assessor do CIPIACI, os principais problemas que afetam estes povos indígenas se referem à violação de direitos à vida, saúde, território e acesso à justiça. Ele disse que a situação dos indígenas que vivem em isolamento é semelhante no Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador, Paraguai e Peru.
        "Os povos indígenas em isolamento estão sofrendo uma situação de extermínio paulatino, que leva a seu desaparecimento físico e cultural. Em todos os países da região amazônica e o 'gran chaco' paraguaio tem uma violência sistemática a estes grupos, eles são assediados e perseguidos para que abandonem suas terras. Estão sendo produzidos processos de genocídio", analisou.
         Em uma tentativa de proteger o direito de viver dos povos indígenas isolados que vivem no Peru, o movimento indígena Survival pede o empenho de governos, organizações e população para que ajudem a impulsionar uma campanha que visa garantir a sobrevivência dos indígenas isolados. A entidade pede também que o governo peruano proteja esta população não permitindo práticas de exploração dos recursos naturais das terras indígenas.
        A entidade salientou que toda ação é fundamental e orientou os interessados em contribuir com a causa a colaborarem por meio de doações, cartas de sensibilização ao governo e mobilizações pró-indígenas.
Dados
        O Equador é o único país que conta com uma norma que penaliza o contato forçado entre os povos em isolamento voluntário e outras comunidades. Na Colômbia, os Nukab Maku são uma das etnias que sofre perdas não só de terra, mas de também de pessoas, com a invasão de seus territórios no marco da violência interna. Já no Brasil, as principais ameaças às comunidades originárias em isolamento estão relacionadas à construção de hidrelétricas e a invasão de mineiros.
       Apesar de o governo do Peru ter destinado cinco reservas territoriais para povos em isolamento, o país não tem demonstrado empenho para implementar mecanismos de proteção para estes povos. A Survival estima que exista no Peru algo em torno de 15 povos indígenas que vivem nas regiões mais remotas e isoladas da selva amazônica.
Para saber mais e ajudar na campanha da Survival, acesse: http://www.survival.es/indigenas/aisladosperu#actnow

A Terra sem Mal para o fortalecimento da Nação Guarani. II Encontro dos Povos Guarani da América do Sul

Egon Dionísio Heck
Assessor do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Mato Grosso do Sul
Yvy maraê’y Tetã Guarani mbareteverã
II ENCONTRO DOS POVOS GUARANI DA AMERICA DO SUL

            "O território e tudo que nele existem são direitos fundamentais aos quais não renuncia e nem renunciará a Nação Guarani por que é parte de sua existência” (Documento Final do II Encontro dos Povos indígenas, março de 2011) " Que a garantia e demarcação das terras seja feito conforme o direito consuetudinário”, expressam as lideranças Guarani no documento.
          Jaguati, aldeia Paí Tavyterã (Kaiowá Guarani) no departamento de Amambay, no noroeste do Paraguai, na fronteira com o Brasil. Lugar sagrado, situado entre os cerros Jusaka Venda. Para os Paí, daí surgiu o Deus Criador, o Grande Avô, Ñande Ru. A calma aldeia, transformou-se em cenário agitado com a construção de várias oga guasu (casas grande tradicionais), para receber mais de mil Guarani dos cinco países da América do Sul. O Encontro foi organizado pelo Conselho Guarani do Paraguai.
           Em fevereiro do ano passado se realizou o primeiro encontro, que estava previsto para acontecer em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Mas em função das posturas adversas do governo do estado e polítcos contrários aos direitos indígenas, o Encontro acabou sendo realizado na aldeia de Añetete, no Paraná. Em novembro do ano passado o Movimento Guarani organizou seu terceiro Encontro Continental, no qual foi eleito o Conselho Continental dos Povos Guarani.
           No encontro de Jaguati – 23 a 26 de março - participaram em torno de 1.000 Guarani dos cinco países. Apesar de haver algumas apreensões com relação aos possíveis pressões dos governos, em função da comemoração do bicentenário da independência do Paraguai, e do interesse dos países em não aprofundar questões polêmicas como a questão da terra, recursos naturais, violências... foram exatamente estes os temas nos quais houve não apenas debate mas também posicionamentos enérgicos expressos no documento final de cinco laudas. Com relação ao Bicentenário foram enfáticos " não é um acontecimento para celebrar porque para nós só foram 200 anos de despojo, discriminação, humilhação, avassalamento, perseguição, saqueio e morte” (HU, idem).
         Conforme o jornal Ultima Hora, o texto aprovado na plenária na manhã do dia 26, "contem uma enérgica exigência de restituição das terras, de reconhecimento político da Nação Guarani , o fim dos assassinatos e o rechaço ao Bicentenário”.
         No Encontro também expressaram que” apesar da natureza pacífica dos povos Guarani expressaram suas exigências para por fim às fronteiras agrícolas, a soja transgênica e os agrotóxicos que destroem e envenenam tudo”(UH). No documento também exigiram autonomia pedagógica que permita aos povos originários definir seus modelos e reconhecer os anciões como mestres reconhecidos por serem depositários de sabedoria milenária e pedagógicas, dentro do respeito à sua língua, usos e espiritualidade, bem como a incorporação de seus anciões. Outro aspecto importante do documento foi a” reivindicação e exigência de respeito à autonomia e livre-determinação da Nação Guarani, seu direito coletivo de decidir como viver, como aplicar nossas pautas e normas e como nos desenvolver”. Também exigiram aos governos do Mercosul " livre transito com um documento de identidade transterritorial”. Outro aspecto expresso no documento é o pedido de "indenização das comunidades afetadas em todos os casos em que os não indígenas exploraram e destruíram a terra e os recursos naturais dos territórios e tekoha. Fizeram também um apelo aos Estados Nacionais a por fim à "criminalização dos povos originários e o cessar da perseguição e morte de seus irmãos e líderes. Ao mesmo tempo pedem justiça em todos os casos de detenção, desaparecimento e morte, com julgamento penal e civil dos assassinos e criminosos que atentaram ou atentam contra qualquer membro da Nação Guarani e suas organizações” (UH-idem).
           Otoniel Ricarti Kaiowá, um dos participantes da delegação do Brasil, avaliou o encontro como um avanço na luta do povo Guarani por seus direitos, especialmente a terra, e a construção de sua autonomia. Destacou a importância do reconhecimento e fortalecimento do Conselho Continental Guarani, como instância de articulação.
Presidente Lugo, do Paraguai, e Álvaro Linera, vice-presidente da Bolívia, com os Guarani
         Um dos momentos bastante esperados era com as autoridades, às quais iriam manifestar seus posicionamentos, exigências e entregar os documentos. Por volta das 15 horas chegaram o presidente do Paraguai e o vice-presidente da Bolívia.
        Além das manifestações indígenas estavam também sendo muito esperadas as manifestações das autoridades.
        Lugo, que conhece muito bem os Guarani, com os quais trabalhou, e cuja realidade elegeu como uma de suas prioridades, manifestou seu "respeito e admiração para este povo Guarani que viveu recebendo todo tipo de vexames, de marginalização...” e finalizou expressando "agradecimentos por seguir ensinando-nos, por sua resistência tenaz, pacífica. Por dar-nos este sonho, esta utopia que não se perde nunca. Poderão passar 500 anos mais, porem o povo guarani seguirá crendo e caminhando até a terra sem males”.
          Álvaro Linera fez um extenso relato sobre vicissitudes enfrentadas pelos povos indígenas no Bolívia, até a chegada de Evo Morales – Aymara, à presidência do país.

Movimento Povo Guarani , Campo Grande , março de 2011

FONTE:

Empresas interessadas em Belo Monte recebem alerta | BRASIL de FATO

Empresas interessadas em Belo Monte recebem alerta BRASIL de FATO

Comissão tripartite irá discutir problemas das obras | BRASIL de FATO

Comissão tripartite irá discutir problemas das obras BRASIL de FATO

terça-feira, 29 de março de 2011

Via Campesina e Fetraf criticam propostas de Aldo Rebelo para o Código Florestal
        Apresentação da plataforma acerca do Código Florestal ocorre nesta terça-feira (29), a partir das 17h, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
      Por Mayra Silva Lima, da Câmara dos Deputados
         Nesta terça (29/3), representantes da Via Campesina e da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) farão o lançamento de sua plataforma acerca do Código Florestal. As entidades também se posicionarão em relação ao relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PC do B- SP). A atividade será às 17h, no plenário 15 da Câmara dos Deputados, em Brasília.  

        Para o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), a participação dos movimentos camponeses e da agricultura familiar no debate é fundamental diante da importância dos pequenos agricultores na conservação do meio ambiente e na produção de alimentos saudáveis. “O relatório proposto não atende às necessidades deste setor. É a pequena agricultura que abastece a mesa do brasileiro e garante a sustentabilidade ambiental do Brasil. Não podemos permitir que o agronegócio destrua ainda mais nosso meio ambiente. Basta ver os sinais que a própria natureza já nos dá”, disse Valmir.  

          Para a Via Campesina e a Fetraf, a conservação da natureza não é incompatível com a produção de alimentos e entendem que as áreas florestais são fonte importante de diversidade produtiva. “Elas fornecem alimentos tradicionais, plantas medicinais, madeira para lenha, ferramentas e construções e uma série de produtos que ajudam na renda dos agricultores”, afirmam através de carta.

Serviço:
Plataforma da Agricultura Camponesa e Familiar sobre o Código Florestal.
Quando: Plenário 15- Câmara dos Deputados
Horário: 17h
Veja a carta na íntegra:
         A mudança do Código Florestal brasileiro é hoje uma das principais pautas políticas de nosso país. Em uma época de crise ambiental, climática e alimentar, a sociedade tem acompanhado e se manifestado a respeito das propostas que estão sendo apresentadas. A Via Campesina, articulação de movimentos de camponeses, mulheres, sem terras, indígenas, estudantes e pescadores, e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar – FETRAF – ambas as entidades nacionais representativas do campo brasileiro, também estão profundamente envolvidas no debate sobre o Código Florestal.

          Para nós a conservação da natureza não é incompatível com a produção de alimentos. Temos claro que a destruição do meio ambiente prejudica primeiramente o agricultor familiar e camponês, que terá sua terra prejudicada com a erosão, a falta de adubação natural, a perca de nascentes e de predadores naturais. Diferente do agronegócio que pode destruir a terra que usa e, depois, ir embora grilar outras terras, nós, agricultores e agricultoras familiares e camponeses temos uma relação histórica com nossas terras. Sem elas, somos empurrados para as cidades.

         A Via Campesina e a FETRAF entendem também que as áreas florestais são fonte importante de diversidade produtiva. Elas fornecem alimentos tradicionais, plantas medicinais, madeira para lenha, ferramentas e construções e uma série de produtos que ajudam na renda dos agricultores.  

         Por isso, nós estaremos lançando, no dia 29 de março, terça-feira, uma posição unificada sobre as alterações do Código Florestal. É uma posição que visa o seu aperfeiçoamento e não sua destruição, como faz a proposta da bancada ruralista, escrita pelo deputado Aldo Rebelo.  Para nós todas as áreas florestais devem ser conservadas e, onde foram desmatadas ilegalmente, devem ser recuperadas. Consideramos crucial que o Estado brasileiro – principalmente o Governo Federal – assuma de fato o debate ambiental como prioritário, e crie uma série de políticas públicas (assistência técnica, fomento, crédito, garantia de preço e de comercialização) que possibilite ao agricultor familiar e camponês a gerar renda de suas áreas florestais.

           Os agricultores familiares e camponeses organizados pela FETRAF e pela Via Campesina assumem a sua responsabilidade com o planeta e com a sociedade brasileira. É uma tarefa difícil, que requer o empenho dos movimentos sociais, sindicatos, governos e sociedade urbana. Mas é crucial para a sobrevivência de todos e todas. Nós dizemos não ao projeto do deputado Aldo Rebelo e a todas as propostas que se associam a ele! A agricultura familiar e camponesa pode continuar a abastecer a mesa do brasileiro e garantir a sustentabilidade ambiental de nosso país!

FETRAF: FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA AGRICULTURA FAMILIAR
VIA CAMPESINA: MST, MMC, MAB, MPA, FEAB, CIMI, PJR, CPT, Movimento dos Pescadores e Pescadoras, ABEEF.

FONTE:

Código Florestal em perigo

CAMPANHA VANGUARDA ABOLICIONISTA POA:

Chicote Nunca Mais faz campanha de inverno

        "Amigos, estamos necessitando de ajuda para a construção de abrigo para o inverno. Estamos com muitos cavalos velhos, doentes e filhotes. Temos o orçamento de mão-de-obra, e se pagarmos o pedreiro faltará para o material, e vice-versa.

         Abaixo está a lista de material para que alguém possa doar algum item, auxiliar com uma parte ou com uma unidade de algum dos itens, o que será uma ajuda inestimável. Nos ajude a ajudar e dar uma vida melhor para os cavalos recolhidos por maus-tratos. Se cada um der um pouquinho, faremos a diferença. Só ter pena não resolve o problema, é preciso atitude!", explica Fair Soares, presidente da ONG Chicote Nunca Mais. Informações detalhadas podem ser obtidas pelo telefone 9687-5560.

Material

100 pedras de alicerce
44 telhas 4mm tipo Brasilit
150 tábuas de costaneira 2,70m
2 pacotes pregos 19x37
3 pacotes pregos 17x27
2 pacotes pregos para telhas
15 sacos cimento
1 caminhão de areia
1 caminhão de brita
15 guias 10x5,40
12 ripas de 7
6 paus 10x10x5,40
8 dobradiças
3 caçambas de aterro

FONTE:

Inibindo o crime

Leis contra crueldade a animais podem ficar mais fortes no Canadá



Foto: Reprodução/Care2
            O Liberal Mark Holland está reintroduzindo um projeto de lei (C-229), que iria fechar as lacunas existentes no Código Penal do Canadá, que atualmente  torna mais difícil obter condenações para os casos de maus-tratos a animais, conforme noticiou recentemente a Care2.
          “As disposições do Código Penal, lidando com a crueldade contra animais, mudaram muito pouco desde 1892 e são extremamente antiquadas. Isso tem se tornado, muito frequentemente, difícil de obter condenações contra quem abusa de animais, e quando as condenações são obtidas, as sanções são muitas vezes leves demais. Essas leis foram escritas num momento em que os animais foram protegidos em virtude de serem propriedade “, afirma o site de Mark Holland.
         Contas anterior para atualizar leis contra a crueldade animal foram apresentadas ao longo dos últimos anos, mas nunca foram votadas e convertidas em leis.
“A hora de mudar  é agora!”, disse Holland em uma manifestação recente. “A grande maioria dos Canadenses, como você, querem as brechas em nossas leis fechadas para que maltrata  animais conhecidos por enfrentar a justiça após cometer atos chocantes de crueldade – o governo precisa agir agora. ”
          Um estudo demográfico recentemente realizado por uma ONG que defende o bem-estar animal, mostra que 95 por cento dos canadenses concordam que “a dor e o sofrimento dos animais devem ser reduzidas, tanto quanto possível”, sejam eles animais domésticos, explorados para o consumo ou animais selvagens.
         O estudo também constatou que “quase três quartos dos canadenses reconhecem que os animais são mais do que apenas uma propriedade e estão movendo os crimes de crueldade contra os animais para fora da seção de Crimes Contra a Propriedade do Código Penal do Canadá, e ainda mais Canadenses (84%)  tornariam a mais grave, brutal e cruel matar um animal. ”
        Para obter mais informações sobre como apoiar C-229 e da petição, visite o site de Mark Holland.
        Aqueles de vocês que vivem fora do Canadá podem mostrar o seu apoio assinando esta petição.
FONTE:

AMA Bichos: A Puxada de cavalos aconteceu novamente no dia 27/...

AMA Bichos: A Puxada de cavalos aconteceu novamente no dia 27/...: "Foto: Jaime Batista da Silva Como fazemos a 4 anos, as ONG’s AMA BICHOS de Pomerode e voluntários da APRABLU de Blumenau estiveram no lo..."

Transposición del Río San Francisco

Transposición del Río San Francisco

Movimento camponês lança propostas alternativas ao Código Florestal | BRASIL de FATO

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Agronegócio não garante segurança alimentar | BRASIL de FATO

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Fukushima pode ser o tropeço definitivo do programa nuclear

        O acidente nuclear em Fukushima abalou os alicerces da indústria nuclear e expôs as fraquezas de um sistema que vendia-se como invulnerável. Mais de duas semanas depois do terremoto de 11 de março, a terceira maior economia do mundo admite que não sabe como evoluirá o acidente, a propagação da contaminação radioativa, e nem sequer foi capaz de restabelecer o fornecimento de energia elétrica nos seis reatores do complexo de Fukushima. O caso levanta dúvidas sobre o programa de usinas nucleares e coloca em xeque o renascimento da energia nuclear.
        A reportagem é de Rafael Méndez e publicada pelo El País, 27-03-2011. A tradução é do Cepat.

        O precedente. No dia 16 de julho de 2007, às 10h13min, um terremoto medindo 6,8 graus na escala Richter sacudiu a costa oriental do Japão. O terremoto rompeu as bases da usina nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, a maior do mundo, sete reatores nucleares ao longo da costa e operados pela Tokyo Electric Power (TEPCO) são atingidos. A aceleração medida na Terra foi 680 metros/segundo2. As bases do reator 1, por exemplo, só contemplavam um terremoto com uma aceleração de 273.  A usina nuclear estava apenas a 16 quilômetros do epicentro do terremoto. Três dos reatores - 3, 4 e 7 - estavam em operação e pararam com o terremoto. Houve um incêndio em um transformador e os bombeiros tiveram dificuldades para controlá-lo devido a problemas com as tubulações de água.

         De acordo com o relatório da agência nuclear japonesa (NISA) de 2009 , “o terremoto transbordou as piscinas de combustível e chegou nos reatores e na unidade 6, a água [radioativa] vazou para o meio ambiente”. A TEPCO informou com atraso o vazamento. A NISA manteve fechados os reatores por anos (abrindo-os escalonadamente) e solicitou a TEPCO rever a segurança contra terremotos. O caso é assombrosamente semelhante ao de Fukushima. Foi um aviso do que poderia acontecer, mas o Japão não aprendeu. Foi a primeira vez que a indústria nuclear pode ver como uma usina resistiria a terremotos.

- O projeto. Fukushima está em um lugar errado. Na área de maior atividade sísmica do planeta, seus seis reatores estão semi-enterrados na costa. Foi projetado para resistir a um terremoto de magnitude 7 e um maremoto de 5,7 metros. O terremoto de 11 de março foi de 9 e o tsunami atingiu 10 metros. "O projeto foi otimista", TEPCO admitiu, à sua maneira de reconhecer um erro sério de projeto.

- A perda do fornecimento. Após o terremoto, os três reatores que estavam funcionando pararam como deveria acontecer. Automaticamente, barras de controle são inseridas entre as varetas de combustível e diminuem a reação. Sem esta operação, o acidente teria sido muito maior. O terremoto deixou a usina sem energia elétrica. Quando uma usina nuclear está em funcionamento é independente, mas quando ela está parada você precisa de outra fonte de alimentação externa para esfriá-la. Sem luz, começaram a operar os geradores diesel de emergência. Mas o tsunami subsequente os avariou. A central ficou apenas com umas baterias, o segundo conjunto de emergência, mas duraram apenas algumas horas. "Nós precisamos rever os sistemas para os casos onde se perde fornecimento de energia elétrica. Fukushima mostrou que geradores a diesel não são sempre suficientes", diz uma fonte do Conselho de Segurança Nuclear (CSN).

- Os trabalhos. Um executivo de TEPCO foi questionado pelo The Wall Street Journal por que energia elétrica demorou em bombear água do mar para resfriar os reatores. Por mais de duas semanas, o Japão tentou restabelecer o fornecimento de energia elétrica, e até ontem havia conseguido em apenas quatro dos seis reactores. Conseguiram retomar as linhas de energia, mas as três explosões danificaram os equipamentos. Essas explosões foram causadas pelo vazamento de hidrogênio do reator - um gás explosivo. A OIEA disse ontem que é provável que a contenção do reator 3 esteja danificada, o que utiliza urânio e plutônio como combustível, o que é ainda mais grave.

           A fumaça preta que aparece ocasionalmente nos reatores deve-se presumivelmente a um curto-circuito ao tentar ligarem-se as bombas. Após duas semanas, já se têm luz em duas das salas de controle, o básico, mas esta situação é considerada uma grande notícia. Além disso, a água doce já é bombeada e começa-se a usar o sistema de resfriamento normal. Já não se recorre à desesperada solução de lançar água de helicópteros, porém, duas semanas depois ninguém pode prever o que vai acontecer pela frente.

- Trabalhadores. Próximo da central, "os níveis de contaminação tendem a cair ligeiramente, mas permanecem elevados e, na área de reatores 3 e 4, extremamente elevado", segundo a CSN. O Japão tem elevado a contaminação (100 Millisievert ao ano para 250) que podem receber os chamados  heróis de Fukushima. "Dezessete trabalhadores receberam contaminação entre 100 e 180 Millisievert" de acordo com a OIEA. Em uma área onde a água está contaminada dois funcionários, receberam doses de "400 Millisievert por hora", o que significa que em um quarto de hora receberam o equivalente a um ano.

- Emissão. A magnitude do vazamento radioativo ainda é uma incógnita. O Japão não fez qualquer estimativa pública. Mas as instituições oficiais da Áustria e da França fizeram seus cálculos. Os resultados são díspares. França diz que foi na ordem de 10% em relação a Chernobyl e a Áustria, que o césio emitido oscila entre 20% e 60% do acidente na Ucrânia. Arturo Vargas, da Universidade Politécnica da Catalunha e que trabalha com esses modelos, explica que há incertezas: "Grande parte da radiação foi espalhada sobre o Pacífico, já que ventos sopram para lá".

- Evacuação. O Governo japonês ordenou a evacuação da população num raio de 20 km e na sexta-feira recomendou que aqueles que vivem a 30 Km da usina também se retirassem. Os dados da contaminação justificam a decisão. A 40 quilômetros a noroeste, na aldeia de Iitate, mediu-se uma contaminação com césio-137 de 163.000 becquerels por quilo (543 vezes mais do que permitido na UE). A contaminação não segue um padrão uniforme (há áreas com muito menos césio e iodo-131). O Césio-137 leva 30 anos para se dissipar no meio ambiente, o que desafia o Japão a fazer um grande trabalho de descontaminação ou criar uma zona de exclusão ao redor da usina, como em Chernobyl.

- Informações. TEPCO – e em geral a indústria nuclear, tem uma longa história de obscurantismo. Neste caso, o atraso na informação irritou os países da OIEA. A França e os EUA admitiram publicamente que havia pouca informação. "Esta é uma das coisas que terá que ser analisada e mudada, mas agora não é o momento ", disse uma fonte da CSN. O primeiro-ministro, Naoto Kan, prometeu transparência em três ocasiões. Mas o fato é que Tóquio tem minimizado o acidente. Primeiro, qualificou de nível 4 (da escala INES, que varia de 0 a 7) e levou cinco dias para dar um nível 5. Harrisburg, em 1979, recebeu a 5, e Chernobyl, 7. Agora, a NISA tende a qualificar como um nível 6, o que tornaria o pior acidente depois de Chernobyl.

- As conseqüências. A indústria nuclear começou a sair da letargia em que se afundou depois de Harrisburg e Chernobyl. A opinião pública estava ficando a favor da opção nuclear. No Japão, Alemanha, Itália, Texas (EUA) e Chile já se suspenderam planos para construir plantas ou para prolongar a vida das já existentes. A UE anunciou uma revisão de segurança das centrais nucleares que provavelmente levará a novos investimentos nas usinas. Além disso, os requisitos de segurança para as instalações de novos projetos se tornarão mais caros. Fukushima pode ser – ainda não o sabemos – o tropeço definitivo.

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''Agora, o risco-Chernobyl está mais perto''

         Dez milhões de vezes acima do limite. É essa a avaliação dos níveis de radioatividade da central de Fukushima que chegou na manhã deste domingo, com as desculpas da Tepco, a gestora da instalação nuclear. À tarde, uma nova correção com novas desculpas: equivocamo-nos, ainda está 100 mil vezes acima do limite. O que significa essa dança dos números?

          A reportagem é de Antonio Cianciullo, publicada no jornal La Repubblica, 28-03-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

        "Respondo tomando – e supondo que não será desmentido – o dado fornecido pela Tepco de 1 sievert por hora", responde Roberto Moccaldi, do serviço de proteção e prevenção do CNR [Conselho Nacional de Pesquisa da Itália]. "É uma dose igual a cerca de 30 milhões de vezes a quantidade máxima aceitável para a população. Mas para os trabalhadores das centrais nucleares o limite é 20 vezes mais alto. Durante uma emergência, esse teto aumenta ainda mais e, no Japão, o elevaram posteriormente. Portanto, tudo depende do ponto de referência. Em todo o caso, são valores altos".

        Eis a entrevista.

       Que efeitos trazem?

        Nesses níveis, em poucas horas de permanência dentro da central, atinge-se a dose letal chamada de 50/60, porque 50% das pessoas expostas morrem dentro de 60 dias por causa dos danos à medula óssea: perde-se a capacidade de produzir glóbulos vermelhos e glóbulos brancos. Os técnicos podem permanecer só poucos minutos dentro da central. E, portanto, o risco é de que a instabilidade dos reatores aumente.

        E se aumentasse?

        Poderia haver uma explosão mais grave do que as registradas até agora. Uma explosão que mande aos pedaços o recipiente primário, isto é, o escudo de aço que contém a radioatividade.

      Como em Chernobyl?

       Em Chernobyl, não havia propriamente um recipiente primário. Mas, substancialmente, o cenário é semelhante. Até agora, a grande diferença foi dada pelo fato de que a camada de contenção dos reatores limitou fortemente a fuga da radioatividade.

        O que, no entanto, alarmou Tóquio. Que risco corre a população ao redor da área da central?

          Em um raio de 30 quilômetros, a exposição, só respirando, superou o limite sugerido para a população, que é de 1 millisievert por ano. Para poder fazer um julgamento sobre o que ocorre em uma zona mais ampla, são necessários outros dados: é preciso entender quantos radionuclídeos entraram na cadeia alimentar e quantos alimentos contaminados foram efetivamente consumidos.

         Mais uma vez, faltam os dados. A Tepco, que tem um longo currículo de reticências, de um lado se desculpa e, de outro, não parece colocar os especialistas da Aiea [Agência Internacional de Energia Atómica] em condições de fazer avaliações precisas.

         Também é preciso dizer que é uma situação em contínua evolução. Repito, o que me preocupa mais é o nível de radiação que torna muito difícil esfriar o reator.

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